
Os prebióticos abrangem as frutanas, que incluem a inulina natural, inulina hidrolizada enzimaticamente ou oligofrutose, frutooligossacarídeos sintéticos, além de galactossacarídeos e lactulose. Embora ainda não estabelecido, os isomaltoligossacarídeos, xiloligossacarídeos, gentioligossacarídeos também apresentam caractesríticas prebioticas. Assim como ocorre no caso de outras fibras da dieta, são resistentes à digestão na parte superior do trato intestinal, sendo subseqüentemente fermentados no cólon. São encontrados em alimentos como raízes de chicória, alho, alho-poró, cebola, trigo, alcachofra, alface, aspargo, banana e também em alguns cereais como trigo, centeio e a cevada, e mais recentemente o yacon (planta originária das regiões andinas e introduzido no Brasil no início dos anos 90).
A maioria dos dados da literatura científica sobre efeitos prebióticos relaciona-se aos frutooligossacarídeos (FOS) e à inulina, pois desempenham funções fisiológicas comprovadas no organismo: alteração no trânsito intestinal com efeito na redução de metabólicos tóxicos; prevenção da diarréia ou da obstipação intestinal por alteração da microflora colônica; prevenção de câncer (experimentalmente); redução do colesterol plasmático e da hipertrigliceridemia; controle da pressão arterial; produção de nutrientes e melhora da biodisponibilidade de minerais; diminuição do ph luminal e inibição da proliferação de microorganismos patógenos.
Alguns estudos demonstram também efeitos benéficos modulando a resposta inflamatória, a partir da redução da produção de citocinas pró-inflamatórias e aumento de citocinas anti-inflamatórias. Efeitos estes relacionados ao aumento da bifdogênese. Em humanos estes dados já estão confirmados especialmente em Doença de Crohn e colites ulcerativas.Podemos concluir que a dieta pode desempenhar importante papel na manutenção e na melhoria da saúde humana, assim como na redução do risco de algumas doenças sendo, portanto essencial a inclusão desses alimentos para o funcionamento adequado do organismo.